As três principais associações ligadas aos desportos de mar juntaram-se e promoveram contactos junto do Governo Regional no sentido de defenderem uma solução para o espaço de São Lázaro que envolve a área compreendida entre a nascente da praça do Mar e a poente da Ribeira de São João.

Para esse efeito foram promovidos contactos com a Associação dos Portos da Madeira (APRAM), a vice-presidência do Governo Regional e a Direção Regional de Juventude e Desporto.

“Pedimos a criação de uma Unidade de Gestão responsável pela gestão do espaço exclusivamente desportivo. No fundo, pretendemos que seja criada uma Comissão, com representantes de cada associação e também com representantes das entidades que têm presença física no espaço de São Lázaro”, revela ao AgoraMadeira o presidente da Associação de Vela da Madeira Sérgio Jesus, lembrando: “A APRAM está disponível para colaborar com vista a chegarmos a bom porto, pois não tem vocação para gerir espaços desportivos e não existe nenhuma entidade que representa o desporto implementado naquele espaço”, esclarece.

Proposta foi também a gestão, da parte das associações desportivas, de toda a área destinada à náutica de recreio. ”A nossa proposta foi bem acolhida pela entidades contactadas, tendo o assunto sido inclusivamente colocado à Presidência do Governo, dado o interesse plural que este espaço representa para as diversas valências que o mesmo potencia”, salienta o dirigente.

A intenção, segundo o responsável, passa por assegurar três importantes pressupostos: a correta utilização e atribuição dos espaços a céu aberto assim como das infra estruturas existentes e a serem criadas sujeitas a um regulamento a implementar; a segurança e vigilância da área; e, por fim, a salubridade e limpeza do espaço.

Sérgio Jesus garante que há sintonia do Mundo náutico madeirense em torno desta ideia que visa preparar da melhor forma o futuro do espaço de São Lázaro. “Reunimos com os clubes, no sentido de lhes dar a conhecer este processo despoletado pelas associações desportivas, e de grosso modo, reconhecem a necessidade de se resolver a anarquia que se vive actualmente em São Lázaro. Trata-se de uma proposta inclusiva, agregadora e que garante a equidade no acesso aos recursos por parte de todos os clubes, residentes e visitantes”, assegura.

barco

CANOAGEM FALA EM INDEFINIÇÃO

Viriato Timóteo, presidente da Associação de Canoagem da Madeira, reforça a incerteza existente em torno do futuro do varadouro de São Lázaro.
“É obrigação das associações náuticas zelarem pelos interesses das modalidades porque o que têm em comum é o mar e aquele espaço. Perante a indefinição que houve e ainda há sobre aquela área, é importante que se mantenha o bom uso do espaço para os clubes», realça o dirigente.

Para o principal rosto da canoagem na Madeira é fundamental que toda aquela zona seja potenciada para as utilizações diárias e também para captar a realização de eventos mas para isso “é preciso ter condições mínimas para receber os clubes de fora.” Viriato Timóteo lembra que o Governo Regional prometeu para os próximos tempos o melhoramento do pavimento e a construção de novos balneários comuns para dar apoio aos clubes visitantes, condições essas que “são essenciais para a organização de eventos.”

Nota para o facto de haver coincidência de interesses entre as associações regionais de desportos náuticos para a criação do Parque Desportivo Náutico do Funchal, que, segundo os organismos, irá defender os interesses dos clubes associados, bem como promover as modalidades como um todo tendo em vista o desenvolvimento do desporto náutico na Madeira.

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