O Congresso que não fui

O Congresso que não fui

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Emanuel Alves / Psicólogo

Tenho de ser honesto: não fui ao congresso do PSD. Há muitos anos que lá vou, mas este ano, por razões diversas, não fui. Mas isso não me impediu de ver imagens e de ler o que lá aconteceu e ainda de ouvir diversas pessoas que lá foram. Assim, devo analisar de forma indirecta e analisar sobre estas premissas.

Primeiro devo dizer, e em abono do que a minha percepção escrever, que foi um congresso fraco comparado com o anterior, esse sim foi vivo e com ideias. Neste pareceu-me que o debate foi zero (independentemente de algumas intervenções que tiveram qualidade) ao ponto de o discurso de encerramento do actual líder ter sido o ponto alto e inteligente. Fiquei com sérias dúvidas que algumas mudanças jurídicas do regulamento tenham sido feitas por emoção e não por razões jurídicas. Eis então que me lembrei de uma história antiga…

Há cerca de 2260 anos atrás o Rei Hieiro 11 de Siracusa antes A.C. estava preocupado com a sua coroa. Estava certo de que o ferreiro o tinha enganado e que, em vez de fazer a coroa de puro ouro o fez de uma quantidade de prata e ouro. Pediu ao matemático grego Arquimedes para dar a sua opinião. Como o matemático não tinha a certeza como o fazer foi esquecer os seus problemas numa banheira cheia de água Quando entrou na banheira a água transbordou e nessa altura gritou: “Eureka”! Nesse momento, Arquimedes descobriu que a coroa de ouro deslocaria uma quantidade diferente de uma outra feita de prata e ouro. Bastava para isso pôr uma feita só de ouro e depois fazer o mesmo método com a que o ferreiro tinha posto no actual Rei e assim descobriria se o ferreiro teria sido honesto,…ou se o rei teria sido enganado.

Daí que Miguel Albuquerque, lembrando-se ou não desta história, lembrou-se recentemente de um familiar ao dizer: “ deixe se de argumentos e vá ao ponto. “