A propósito!

A propósito!

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Sancho Freitas / Diretor financeiro do Marítimo

A propósito de economia…

Primeiro. Quando se fala em sistema fiscal próprio, na verdade está-se a falar de autonomia fiscal. E esta só é proveitosa se formos capazes de fazer melhor. De criar um sistema tributário mais competitivo, mais estável e com uma máquina administrativa (bastante) mais eficiente.

Segundo. Assim sendo, um sistema fiscal próprio é importante? É de la palice que sim. Mas não porque nos permite agir direta e imediatamente sobre a receita fiscal. Interessa sobretudo enquanto instrumento gerador de crescimento económico sustentado, capaz de criar empregos, dinamizar o consumo e assegurar lucros para as empresas. Em matéria de maximização de receita fiscal, tudo o que não for alicerçado no crescimento da economia é efémero e artificial.

Terceiro. Outra coisa é o CINM. Tem obrigatoriamente de ser entendido e tratado de forma isolada. E, neste particular, permitam que me repita. “Desenganem-se aqueles que pensam que a competitividade e o crescimento do nosso Centro Internacional de Negócios dependem apenas de estabilidade e de uma reduzida taxa de IRC. Não o é. Diversas outras praças europeias podem oferecê-lo. Sem os nossos bastos constrangimentos geográficos. O sucesso da nossa praça depende da competitividade da nossa taxa de IVA. Chamariz para a instalação de empresas prestadoras e exportadoras de serviços.”

A propósito de política…

Pedro Passos Coelho é um Primeiro-Ministro que não é muito bem visto por uma franja alargada do PSD Madeira. Ou não era, até há pouco. E agora passará a ser. Veremos.

Assumo que o tinha em boa conta. Tomou posse num contexto em que muitos prefeririam o “conforto” de ser oposição e não se tem saído mal. Estamos no paraíso? Não. Mas era possível estarmos? Era possível fazer muito melhor do que fez Passos Coelho? Não acredito.

Mas eram evitáveis estas polémicas em que se deixou envolver. Primeiro, porque devia ter cumprido as suas obrigações. Em bom tempo. E não o tendo feito nessa altura, entretanto teve tempo mais que suficiente para o fazer. Sorte a dele que pode contar com o apoio de José Sócrates. Querendo-o prejudicar, ajuda.

“Vou bater-me por uma maioria absoluta.” A frase, recente, é de Pedro Passos Coelho. Não é fácil. Mas também não é uma miragem.

A propósito de nada…

Einstein recebeu uma carta da Miss Nova Orleãs que dizia:
– “Prof. Einstein. Gostava de ter um filho seu. Sendo nosso, certamente será inteligente e lindo.”
– “Querida Miss Nova Orleãs. O meu receio é que o nosso filho tenha a minha beleza e a sua inteligência”. Respondeu Einstein.