Dez regras para ser um bom pai

Dez regras para ser um bom pai

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Preocupam-se mais, interagem mais e são mais participativos. Nota + para os pais da atualidade que, segundo vários estudos, estão melhor informados e mais conscientes da importância do seu papel. Mas, afinal, o que faz um bom pai?

Feita uma pesquisa por vários estudos e pediatras, aqui fica uma compilação das oito atitudes mais importantes na vida de um pai.

 Participe ativamente e com frequência
A proximidade constrói-se aos poucos e é importante para a criança sentir que pode confiar no pai e que está sendo valorizada. É preciso, por exemplo, acompanhar o que acontece na escola e não se limitar a perguntar. O pediatra Paulo Oom acredita mesmo que, embora a escola, não substitua a família. Ambas devem formar “uma frente unida” no que diz respeito às regras mais importantes da Educação.

Não confundir atenção com bens materiais
O carinho não pode ser trocado por presentes. A conhecida psicologa brasileira, Rejane Kelleter, alerta para os riscos. “É comum os pais tentarem gratificar uma criança com bens materiais depois de uma briga ou mesmo pela falta de atenção”,  refere, considerando que isso é um erro pois pode estimular o consumo e a competição, fazendo com que os pequenos não façam mais nada “de graça”.
As crianças devem aprender com as consequências naturais da suas escolhas. Deve-se ensinar cedo a importância do dinheiro e socorrer-se da recompensa verbal, encorajando, ou física, um beijo ou abraço, em vez das recompensas materiais que devem ser usadas em situações bem justificadas.

“É preciso dizer “amo-te”
Não basta dizer “gosto de ti” – gosta-se de mousse de chocolate, nem “adoro-te” – adoram-se os deuses. É “amo-te” porque o amor entre pais e filhos é o verdadeiro que nada pede”, diz o pediatra Mário Cordeiro. Não podemos partir do pressuposto que as crianças sabem que as amamos, é preciso deixar isso claro. Da mesma forma, defende Paulo Oom, que é importante que os filhos vejam o quanto o pai e a mãe gostam um do outro. “Um ambiente de harmonia é o cimento da disciplina”, sublinha.

Não seja autoritário, mas tenha autoridade e dê o exemplo
Para educar, é necessário equilíbrio e consistância. Segundo o pediatra Paulo Oom é importante que os pais exerçam a sua autoridade, de modo a que criança se sinta capaz de resolver os seus problemas, depois de ouvir a sua opinião. Deve-se definir regras e limites e cumpri-los à risca, para não baralhar a criança. Os castigos devem ser sempre cumpridos. Assim como os pais não se devem desautorizar um ao outro e devem ser coerentes e um exemplo na sua forma de agir. A palmada deve ser, segundo este especialista, o último recurso. Bater nunca deve ser opção antes dos 18 meses ou na adolescência.

Saiba como ‘castigar’
O pediatro Mário Cordeiro não tem dúvidas de que é preciso explicar à criança o porquê do castigo e dá exemplos…Se uma criança atira um livro ao chão e nós dizemos-lhe que é estúpida, que é horrível, que não gostamos dela; aí a criança sente-se esmagada. Em vez disso, os pais devem ter paciência, tentar perceber o comportamento e optar por dizer:“Tu és querida, adoro-te, mas o que fizeste é indecente”. Só depois dar-lhe um castigo. Assim estamos a dizer-lhe que ela fez uma coisa má, mas não a estamos a atacar enquanto pessoa.

Saiba como falar
Diversos pediatras acreditam que é preciso falar com as crianças de forma direta, com linguagem simples e adaptada à criança, num tom de voz normal, sem gritos. Um pai jamais deve humilhar o filho ou focar a conversa na culpa em vez de na solução. Também é preciso saber pedir desculpa quando erramos.

Divirta-se com os seus filhos, mas não seja escravo deles
Paulo Oom acredita que a diversão entre pais e filhos é um dos aspetos mais importantes para uma disciplina eficaz e que é, através da diversão, que se estabelecem relações de proximidade e de respeito, mas isso não significa que os pais devam ser escravos dos filhos.  É importante que as crianças sejam autónomas, saibam brincar sós e que os pais tirem tempo para si. Diz Mário Cordeiro que: é essencial existir tempo tanto para os pais como para os filhos.

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