“Nevermind”: A capa que mudou uma vida

“Nevermind”: A capa que mudou uma vida

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Spencer Elden tinha 4 meses quando foi atirado para uma piscina e lhe tiraram uma fotografia que viria a influenciar a sua vida até hoje.
Essa foto seria a capa do álbum “Nevermind”, dos Nirvana, lançado em 1991. “É estranho fazer parte de uma imagem cultural tão icónica, até porque não tive nada a ver com isso. E abriu-me imensas portas”, recorda agora, com 23 anos, numa entrevista cedida ao jornal Guardian.
“Sou um artista. Esse episódio deu-me oportunidade de trabalhar durante cinco anos com Shepard Fairey, o que foi uma experiência incrível, ele percebe imenso de música: quando soube que eu era o bebé dos Nirvana achou muito cool”.
Elden contou que a sua mãe dizia que tinha tido uma visão em que o seu filho estaria em todo o lado e passou a distribuir fotos do filho ainda bebé aos amigos, até que este acabou na capa do “Nevermind”.
Os pais de Elden conheciam a banda, mas não eram muito fãs de grunge. A oportunidade de fazer a foto surgiu por acaso, quando naquela altura o seu pai andava na Escola de Artes e ajudava os amigos nalguns projectos. “Um dia, o fotógrafo Kirk Weddie perguntou-lhe se queria ganhar dinheiro, bastava atirar o seu filho para uma piscina. Aceitou. Fotografaram-me dentro de água e pagaram 200 dólares, não foi nada de especial”, confessa.
Weddie fotografou muitos bebés até encontrar a imagem certa. “Acho que ele me escolheu por causa da minha pila (sim, tenho um dos pénis mais famosos da música, mas ninguém me reconhece por isso)”, adianta. E conta por que foi escolhido.
“A maioria dos fotografados eram meninas. E depois a composição ficou muito natural. Fico feliz por me terem escolhido – e de não ter sido uma capa para um álbum dos Backstreet Boys”, diz Spencer, que admite que mudou a sua vida, até na saída com as miúdas.
“Soube que a banda queria originalmente a uma imagem de uma mulher a dar à luz debaixo de água, mas a editora achou que isso seria gráfico demais, daí terem chegado à imagem de um bebé a nadar atrás de uma nota de dólar”, conta.
Fonte: Jornal I

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